É natural que depois dos 50 a sua pele não tenha a luminosidade dos 30, e que seus traços venham aos poucos perdendo a firmeza que apresentavam aos 40. Para recuperar a luminosidade e a firmeza existem bons tratamentos e ótimos dermatologistas. Recorra a eles. Mas nunca caia na tentação de procurar voltar a ter aquela aparência mais jovem através da maquiagem.
A função da maquiagem não é a de rejuvenescer e muito menos de mascarar, mas de realçar o que temos de bonito e disfarçar ou corrigir o que temos de menos bonito.
O brilho da pele esmaece com o passar dos anos, mas a sabedoria que adquirimos desses anos vividos, os filhos que criamos, os netos que estão chegando ou por vir, suavizam nossa expressão. Se carregarmos na base, podemos esconder as manchas ou as pequenas rugas, mas a expressão mais doce que reflete para o mundo nossas realizações afetivas se perde sob a máscara, e nosso rosto se torna duro e inexpressivo.
O mesmo acontece com o olhar: depois dos 50 anos enxergamos as pessoas e o mundo com muito mais carinho e compreensão. Nossos olhos procuram o belo e o bom em tudo e em todos. É natural que aquele brilho buliçoso dos olhos jovens, que estão olhando muito mais para as novidades da vida e não querem perder nada, se transforme, com a maturidade, em luz suave e acolhedora. Tentar recolocar no olhar o brilho da juventude lançando mão de delineadores, sombras e máscaras não nos rejuvenescerá, mas apagará a doçura do olhar de quem já viu e amou muitos lugares e muitas pessoas.
Claro que um pouco de uma boa base, passada sobre seu hidratante preferido, o blush adequado para seu tom de pele, um toque nos olhos e seu batom predileto vão deixá-la pronta e segura de si para enfrentar mais um dia de rotina. Claro também que para um momento mais especial caprichar é obrigatório. Seria indamissível você se apresentar de “cara lavada”. Mas não se despersonalize: resista à tentação de apagar de seu rosto tudo o que a vida lhe deu. Tenha muito cuidado com a maquiagem!
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