terça-feira, 26 de novembro de 2013

Atitudes Para Vivermos em Equilíbrio.

Os anos passam e nosso conhecimento evolui, mas algumas crendices e regras alimentares permanecem fortemente arraigadas em nosso dia-a-dia.
Em uma época de pleno acesso às informações, tanto online quanto offline, certas tradições ou recomendações alimentares sem fundamento ainda se mantêm vivas. Como aquela famosa mistura “proibida” da manga com o leite, ou a ideia de que parar de comer chocolate faz sumir as espinhas. Hoje, no entanto, as preocupações mudaram: o foco está na busca por saúde, controle de peso e aceleração do metabolismo. Mas nem tudo é tão verdadeiro como se pensa. Confira algumas lendas e “mandamentos” dos quais você já deve ter ouvido falar e saiba por que eles não podem ser levados ao pé da letra.
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Pequenas refeições ao longo do dia ajudam a emagrecer
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Ottawa, no Canadá, e publicada no The British Journal of Nutrition mostrou que não é bem assim. Os cientistas submeteram um grupo de homens e mulheres com sobrepeso à mesma dieta restritiva por oito semanas. Parte deles consumiu as três refeições habituais enquanto os outros ficaram com as seis. Ao final, verificou-se que a perda de peso foi a mesma para ambos os grupos. Apesar de a pesquisa mostrar que é mito fracionar as refeições para emagrecer, a nutricionista Renata Padovani, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que comer de três em três horas ajuda a controlar a fome. “O ideal é ter um plano alimentar com a quantidade de calorias que devem ser consumidas ao longo do dia e fracionar esse total. O segundo passo é escolher o que comer. O controle calórico é imprescindível”, orienta.
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Adulto não deve beber leite
Esta é uma afirmação controversa, já que – ao contrário dos animais, que são amamentados quando pequenos – o homem continua ingerindo leite depois de crescer. Para a nutricionista Adriane Elisabete Moraes, professora da Unicamp, isso acontece porque o ser humano foi capaz de domesticar o gado e desenvolver tecnologias para conservar a bebida. Outro motivo é suprir a deficiência de cálcio na dieta, embora o nutriente também possa ser encontrado em alguns vegetais. Autora de um estudo que originou o livro Leite Para Adultos – Mitos e Fatos Frente à Ciência (Ed. Varela), Adriane reconhece que existem pessoas que não devem consumir leite, como nos casos de intolerância à lactose. O jeito é cortá-la da dieta ou substituir o leite por outra bebida, sem esquecer, é claro, de encontrar também uma fonte substituta de cálcio.

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Fritar com azeite é mais saudável
O erro já começa com a existência da “fritura” e do “saudável” na mesma frase. Mas o mais importante, é o controle da temperatura em que o alimento é frito. Cada tipo de gordura possui um nível de tolerância às altas temperaturas e, quando ela é extrapolada, tem-se o chamado ponto de fumaça, que origina substâncias danosas ao fígado.
Isso significa que quem busca uma fritura menos prejudicial precisa escolher um óleo com ponto de fumaça mais alto e controlar a temperatura o tempo todo. Nesse caso, o óleo de canola refinado é um dos que demoram mais a chegar no ponto alto: 240°C, seguido dos de soja ou girassol refinados (232°C) e do azeite virgem (216°C). Fritar com azeite extravirgem pode ser mais prejudicial ainda, porque seu ponto de fumaça é atingido aos 191°C. A dica é evitar chegar a esse estágio - e, para isso, o fogo médio pode ser um aliado.

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Alimentos diet ajudam a manter o peso
Quem quer emagrecer, mas não resiste a um doce, geralmente acaba usando os alimentos dietéticos como válvula de escape. Mas esta atitude, segundo a nutricionista Alessandra Coelho, de São Paulo, não é benéfica: a ausência do açúcar, muitas vezes, leva a indústria a acrescentar gordura saturada ou trans ao produto para manter as suas características, como textura e sabor. “Os alimentos diet também contêm um alto teor de adoçantes artificiais, cujos malefícios ao organismo ainda não foram definidos,” afirma. Para sanar essa dúvida, pesquisadores da Purdue University, nos EUA, realizaram um estudo com ratos, alimentando-os com iogurte adoçado com sacarina. O resultado mostrou que os animais que ingeriram adoçantes ganharam mais peso do que os que receberam iogurte normal. A explicação dos cientistas é de que o adoçante “bagunça” o cérebro. Ao sentir o doce, as papilas gustativas passam a mensagem de que vem por aí uma boa dose de açúcar. O corpo, por sua vez, prepara o metabolismo para essa energia; porém, como ela não vem, a pessoa sente vontade de comer mais.

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Comer à noite engorda
No final do ano passado, uma pesquisa feita pela Universidade Hebraica de Jerusalém mostrou que evitar carboidratos à noite pode não ser tão emagrecedor como se pensa. Os pesquisadores acompanharam, por seis meses, um grupo de 63 policiais que foram submetidos a uma rotina alimentar específica: uma parte ingeria os carboidratos somente à noite e o outro distribuía a substância ao longo das refeições habituais do dia. O resultado mostrou que houve mudança hormonal entre os que ingeriram carboidrato à noite, e eles se sentiam mais saciados durante o dia do que o outro grupo. Assim, chegou-se à conclusão de que banir o carboidrato à noite não faz a menor diferença para quem quer controlar o peso.

De geração em geração
Houve um tempo em que beber água depois de comer melancia dava febre. E colocar
carne e peixe no mesmo prato, nem pensar! Encurtava a vida. Frutas não seriam
nutritivas, e o bom mesmo era tomar cuidado com os frutos gêmeos, porque comê-los é pedir para ter gestação dupla. A manga, por exemplo, era a causa de pruridos, coceiras e dermatoses. Então, tornou-se “proibido” comê-la com leite. Laticínios, por sua vez, não deveriam ser servidos com peixe, pois eram tidos na Europa como alimentos completos – assim, temia-se misturá-los com quaisquer outros. Os séculos passaram, mas muitas dessas crendices sobrevivem fortemente ao tempo. E você  acredita????

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