segunda-feira, 20 de abril de 2015
Colágeno realmente funciona???
O colágeno responde por quase ¼ de toda proteína em nosso corpo. Com função primordialmente estrutural, proporciona sustentação às células, mantendo-as unidas em diversos tipos de órgãos e tecidos como pele, ossos, cartilagens, ligamentos, tendões e artérias.
"O colágeno hidrolisado é um ingrediente que vem sendo avaliado em estudos sobre benefícios para a pele e saúde das articulações. Temos observado resultados positivos com um consumo entre 8 a 10g de colágeno ao dia. Não é um modismo, mas as pessoas precisam ficar atentas, pois muitos produtos tem baixa dosagem", diz a nutricionaista Jocelem Mastrodi Salgado, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), na USP.
A suplementação visa estimular a produção do colágeno no nosso corpo. Estudos mostram que aproximadamente 90% desses aminoácidos são absorvidos em seis horas e essas moléculas podem agir como mensageiros, promovendo a síntese e reorganização de novas fibras de colágeno, melhorando a firmeza e a elasticidade da pele, assim como o metabolismo da cartilagem. "A ingestão de colágeno hidrolisado pode beneficiar todas essas estruturas", explica Jocelem.
Reposição a partir dos 40
Com 30 anos, sabe-se que há perda de 1% do colágeno que produzimos ao longo de um ano, gerando o surgimento das rugas. Já aos 50 anos, a produção começa a ficar em torno dos 35% necessários para os órgãos de sustentação, aumentando a fragilidade dos ossos e articulações – processo agravado com a menopausa. E o colágeno, que normalmente é reposto em nosso organismo com uma alimentação equilibrada (carnes são excelentes fontes de proteínas e colágeno), passa a necessitar de suplementação com a proximidade dos 40.
Ingerir colágeno não significa produzi-lo
Atualmente o colágeno hidrolisado é reconhecido como um ingrediente alimentício pelo Ministério da Saúde e pelo FDA, órgão que regulamenta alimentos e bebidas nos EUA. Sendo assim, o mercado começa a ficar abastecido de novidades em forma de balas, cápsulas, pós, shakes e afins.
Para o endocronologista e nutrólogo Wilmar Accursio, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento, as cápsulas de colágeno, quando ingeridas, se transformam em aminoácidos e em outras substâncias, mas isso não significa que se transforme, efetivamente, em colágeno. "É como comer um bife. O seu corpo vai utilizar para fazer o colágeno ou não", diz, recomendando como alternativas para melhorar o colágeno no organismo a suplementação de vitamina C, licopeno e minerais, otimizando a resposta da pele às técnicas de estímulo de produção de colágeno.
GNT
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário